domingo, 16 de setembro de 2007

Crianças ... com infância!

"São aquelas que "perderam direitos adquiridos" pelo nascimento de um irmão mais novo, que vêem reduzidos o afecto, a atenção, e todos os cuidados até então recebidos, que sentem que tudo foi transferido para aquele novo ser que usurpou o seu lugar.

São obrigadas a crescer rapidamente para cuidar dos irmãos mais novos, perdendo a noção da sua própria infância.

São ainda literalmente rejeitadas, retiradas do seu próprio lar, dos braços da mãe, para viver com um outro familiar.

Estas situações são, a maior parte das vezes, a fonte de problemas de integração social que se vão adensando ao longo da vida. Estas crianças isolam-se, não brincam, não dividem alegrias nem tristezas, crescem sem saber partilhar nem amar, tornam-se egoístas, não conhecem o sentido da generosidade e da solidariedade, tornam-se agressivas, contam só com elas próprias, tudo fazendo para, sozinhos, conseguirem aquilo que, para o bem e para o mal, entendem que é o melhor para eles.

É neste contexto que temos de reflectir sobre a forma de estar de muitos dos alunos que frequentam as nossas escolas.


Como é que estas crianças vivem a sua escolaridade? Na verdade são bem visíveis os sinais de revolta.


Crianças de olhar triste ...
Rosto carregado ... magoado!
Pensamento desorganizado!
Comportamento desadequado!
Quase sempre .. o insucesso!


Nós, professores, somos a escola que eles rejeitam. Compete-nos tentar corrigir comportamentos, criar afectividades, educar para a compreensão do outro. É uma tarefa árdua e muitas vezes impossível. Mas se tivermos força para não desistir, estamos certos de que vamos contribuindo para um mundo melhor"
LLoureiro


Retirei este texto de uma revista escolar porque é importante realmente começarmos a pensar em todos os problemas que as nossas crianças hoje em dia apresentam e, que é necessário trabalhá-los e dar-lhes mais espaço para melhorarem as suas perspectivas e as suas vivências. É necessário fazer que eles cresçam mais saudáveis e melhores nas suas relações com os outros e consigo mesmo.

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