
Informação Sumária
Padroeiro: Divino Salvador.
Habitantes: 541 (I.N.E. 2001) e 529 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura.
Tradições festivas: Senhora da Luz (1.º domingo de Agosto), Santa Marinha (último domingo de Agosto), Santo Amaro (último domingo de Junho), Senhora dos Remédios (15 de Agosto) e Santo António (13 de Junho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja matriz, Casa da Arroteia, capelas de Santo António, de Santo Amaro e de Santa Marinha e Monte de Santo Amaro.
Gastronomia: cozido à portuguesa.
Artesanato: Bordados.
Associativismo: Associação Desportiva e Cultural de Sabadim/Aboim.
Resenha Histórica
Sabadim, ocupando uma área de cerca de 899 ha, estende-se desde as idílicas margens do rio Vez até aos locais mais elevados do Monte de Sabadim e Santo Amaro, na direcção poente onde confronta com a reguesia de Vascões do concelho de Paredes de Coura. Por sua vez a norte, confronta com as freguesias de Mei e Aboim das Choças; a sul, com a Freguesia de Senharei e a nascente, com as freguesias de Vilela e Rio de Moinhos e, já na outra margem do rio Vez, que também está a nascente, tem-se a Freguesia de São Cosme Damião.
A primeira referencia conhecida de Sabadim, acontece em 1187 devido à doação que o rei D. Sancho I fez a F.Fernandes da metade do reguengo de Sabadim.
Em 1258 Santa Maria do Monte de Sabadim, é citada como sendo uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1546 o mostreiro de Sabadim foi avaliado em 60mil réis. Houve aqui um mosteiro de templários que depois passou para os beneditinos. No século XV passou a comendatários, os Limas, viscondes de V. N. de Cerveira. Do mosteiro não restam quaisquer vestígios e apenas consta por tradição que a igreja matriz é a que foi do convento, parte do qual foi utilizado como residência paroquial
O abade era apresentado pelos viscondes de Vila Nova de Cerveira. O topónimo Sabadim tem origem árabe e data do século VIII. Sabe-Eddim é nome próprio árabe que significa leão da fé, ou da religião. É composto de sabe (o leão), do artigo al, e de din, religião. Foi antigo senhor desta freguesia, D. Nuno Sella, de V. N. de Muia, também padroeiro de outras igrejas.
A primeira referencia conhecida de Sabadim, acontece em 1187 devido à doação que o rei D. Sancho I fez a F.Fernandes da metade do reguengo de Sabadim.
Em 1258 Santa Maria do Monte de Sabadim, é citada como sendo uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1546 o mostreiro de Sabadim foi avaliado em 60mil réis. Houve aqui um mosteiro de templários que depois passou para os beneditinos. No século XV passou a comendatários, os Limas, viscondes de V. N. de Cerveira. Do mosteiro não restam quaisquer vestígios e apenas consta por tradição que a igreja matriz é a que foi do convento, parte do qual foi utilizado como residência paroquial
O abade era apresentado pelos viscondes de Vila Nova de Cerveira. O topónimo Sabadim tem origem árabe e data do século VIII. Sabe-Eddim é nome próprio árabe que significa leão da fé, ou da religião. É composto de sabe (o leão), do artigo al, e de din, religião. Foi antigo senhor desta freguesia, D. Nuno Sella, de V. N. de Muia, também padroeiro de outras igrejas.
A LENDA DA MOURA
Reza uma velha lenda, a Lenda da Moura, que a poucos metros destes penedos, chamados Penedos da Aguinadoira, havia o desaparecido Lugar da Lama, no alto deste monte, a confinar com a Freguesia de Vascões.
Morava lá uma senhora muito generosa, que gostava de ajudar os mais pobres.
As pessoas todos os dias à noite mugiam o gado. Um dia por semana, essa senhora, mandava a filha, rapariga dos seus 25 anos, levar um saco de milho a moer ao moinho, que ficava junto ao ribeiro que nascia nesse lugar, chamado Rio do Frango e incumbia a filha de, sempre que fosse ao moinho, levar um pedaço de pão da telha e uma caneca de leite a uma pessoa mais desfavorecida que morava numa casinha, já destruída, junto ao moinho.
O itinerário da rapariga era sempre o mesmo. Ia por um carreiro antigo que passava pelo meio destes penedos. Como sempre, desceu todo este monte pôs o moinho a moer o milho e, entregou a caneca de leite e o pão ao pobre velho que morava sozinho e desamparado. Voltou para casa, mas ao passar novamente no meio dos dois penedos, surgiu uma menina toda vestida de branco que lhe pediu:
-Não me dás uma caneca de leite e um pedaço de pão quente que tenho fome!...
Resposta da rapariga: - Dou.
-Mas, para isso tenho de pedir à minha mãe.
-Esperas aqui que eu vou a casa e volto já.
E assim foi. A rapariga foi a casa, contou o sucedido à mãe, encheu novamente a caneca de leite, partiu mais um pedaço de pão da telha e voltou aqui aos penedos. Só que quando chegou a este local, procurou a menina por todo lado mas não a encontrou. Toda entristecida voltou para casa, e quando se apressava para entrar novamente no carreiro batido, surge a menina do lado direito deste penedo.
E gritou: - estou aqui não me vês!.. a rapariga apreensiva reparou que a menina tinha na mão uma caneca com as mesmas características da sua. Aproximou-se dela e disse: - Olha, em troca do pão e do leite que de dás, vou-te dar esta caneca mas, recomendo-te que não tires o pano de cima da dela até chegares a casa e a entregares à tua mãe. A rapariga aceitou, mas a curiosidade era tanta que ela não resistiu, em ver o que estava dentro da caneca, e ao chegar junto da Capela da Senhora do Loreto, hoje de Santo Amaro, havia lá uma carvalheira enorme. Junto ao pé, existia a fonte do lugar. A rapariga sentou-se, tirou o pano que cobria a caneca e reparou que o que levava dentro eram carvões negros. Despejou a caneca na água e toda enfurecida pelo sucedido, correu para casa a contar à mãe o que lhe tinha acontecido. Por sua vez, a mãe, achou diabólico e muito estranho o caso que estava a acontecer à filha.
Voltaram as duas novamente à fonte para se inteirarem da verdade.
E, ao chegarem à fonte, repararam que os carvões tinham desaparecido. Existiam, isso sim, pequenos vestígios de ouro puro na água corrente.
Foi aí que a mãe e a filha se aperceberam que a menina tinha-lhes recompensado a caneca de leite e o pão da telha, por barras de ouro.
A partir desse dia os penedos ficaram conhecidos pelos Penedos da Moura. Por muitos e longos anos as pessoas deixaram de cá passar.
Tinham arrepio que a Moura voltasse a aparecer.
( Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI, Terra de Valdevez e Montaria do Soajo e Junta de Freguesia )
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